segunda-feira, 24 de novembro de 2008


Acho que todos nós ouvimos falar na proposta 8, não é mesmo? Bem, se não, eu vou lhes exclarecer:
"A 'Proposta 8' procura modificar a Constituição do Estado para definir o casamento só como a união entre homem e mulher, o que derrogaria a decisão do Tribunal Superior de Justiça da Califórnia que legalizou em maio deste ano a união homossexual."
(Folha Online)

E muito tem sido dito em torno desta polêmica. Claro, o homossexual deve ser respeitado, ele deve ser tratado também como um cidadão comum, afinal de contas pagamos impostos como qualquer outro, e se não podemos casar, adotar crianças, ter os nossos parceiros em nossos planos de saúde , andar abraçados ou nos beijarmos na rua como qualquer outra pessoa... nossos impostos teriam que cair em 70%, não concordam? Mas o que me decepcionou mais nessa história toda foi ler em vários blogs comentários para lá de preconceituosos motivados por um ataque de gays anarquista a uma igreja nos EUA. Pessoas ruins e sem escrupolos existem, sejam heteros ou gays. Não concordo com a atitude tomada por eles, desejo que eles sejam presos e que paguem pelos crimes que cometeram porque são homens da pior espécie, mas não vamos julgar o todo porque uma parcela errou, a maioria de nós luta pelos seus direitos de maneira pacifica, repeitando sempre as leis.

Então, agora querem justificar o próprio preconceito por atitudes tomada por uma menoria, se a regra a ser seguida for esta: "o justo paga pelo pecador", estariamos todos ferrados, afinal de contas nem todo homossexual,hetero, negro, branco, religioso, ateu ou seja lá mais o que for é essencialmente bom ou correto.


http://sociedade-civil.blogspot.com/

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A fase de auto-descoberta.


Um conflito interno. Assim eu chamaria a briga que se constitui em nossa fase de descoberta. Você tem a sua frente um mundo inteiro pronto para te engolir, te julgar e arrancar a sua cabeça.Por quê? Você se pergunta. A primeira reação na maioria das vezes é tentar esconder esse sentimento de si próprio, e não funciona. Acaba por fim, percebendo que é impossível ignorar o fato e a idéia que lhe passa pela cabeça é nunca dar vazão a seus sentimentos e escondê-los de todos até o dia de sua morte. Mas nada disso funciona, nada.

Com o tempo seus instintos falam mais alto e a curiosidade lhe disperta a coragem de testar a sua sexualidade, apenas para saber se toda essa confusão na sua cabeça não é apenas um engano, ou uma fase.

A crise apenas se aprofunda, é claro que cada pessoa responde de uma forma, mas nenhum de nós deixa de trilhar um caminho doloroso. Passar por cima dos conceitos de moral, de certo e errado, de bem e mal não é fácil. Como viver sua vida fazendo exatamente o contrario daquilo que te fizeram acreditar que é o correto? Nesse ponto passamos a perceber que nem tudo aquilo que a sociedade dita deveria ser lei, que a maior parte desses conceitos formulados, nasceram da ignorância e intolerância.

Depois de noites perdidas, ocupadas pelos soluços e choros, a claridade do dia penetra em nossos corpos e assim conseguimos enxergar que não somos monstros, aberrações, anomalias, pecadores ou filhos do diabo. Somos apenas diferentes, no entanto nossa sexualidade não altera nosso carácter, não seremos inferiores, nem ladrões ,nem promiscuous ou qualquer outra coisa negativa apenas porque nos descobrimos homossexuais. Passamos a acreditar na possibilidade de sermos felizes, de constituirmos família ao lado de quem amamos e seguir a vida... sem incomodar ninguém, sem querer ofender ninguém, apenas querendo viver mesmo!

sábado, 15 de novembro de 2008

Filmes que eu indico.





Essa semana eu vou indicar "Má Educação". É um filme de Pedro Almodovar que conta uma história de dois jovens que estudavam em um colégio interno e se sentem atraidos um pelo outro, mas o padre que era apaixonado por um dos alunos, o Ignácio, acaba por expulsar Henrique, o seu amante. No futuro as suas histórias acabam se cruzando novamente, mas o filme tem um desfecho surpeendente. Particularmente, o filme me emocionou. Confesso ter ficado incomodado com as cenas fortes e de ter sentido ódio com o rumo que o filme tomava. É uma grande obra que tem como parte do elenco Gael Garcia, um dos meus atores favoritos, ele atuou também em "Diário de uma motocicleta" e "Babel", dois outros filmes excelentes.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008


Esse foi um e-mail enviado por um de nossos leitores. Seu real nome foi mudado para que sua identidade seja preservada.



"Meu nome é João tenho 17 anos,estou aqui para comentar como tudo começou. . . Eu tinha 13 anos conheci um cara pela Internet ,dai maracamos de se encontrar, ele era bonito dizia que me amava e dizia que tinha 20 anos.No dia eu estava nervoso suando FRIO pois eu nunca tinha me encontrado com ninguém da Internet antes,dai . . .ele chega em mim e pedi para eu entrar no carro. . . eu entrei,fomos para um prédio ,dai ele me deu um beijo. . . e rolou algo mais,eu estava iludido apaixonado,depois desse dia...o cara sumiu não respondia meus recados,telefonemas....fiquei em depreção.2 anos se passaram amaruresci , cresci . . . e conheci o MUNDO lá fora,até que descobri que ele trabalhava numa boat como DJ.fiquei chocado , ao vê-lo senti muito Ódio rancor ,vontade de matá-lo. . .mas fiquei calado na minha e descobri que ele tinha 30 ANOS e era um super PEDÓFILO. . . e ele sempre fazia isso com as pobres crianças. . . comia e jogava fora. . . conheci ambientes GLS. . . conheci várias pessoas atraentes......namorei 3 delas e todas me trairam.....É duro não ter sorte no amor......mas em compensação tenho sorte no trabalho. . . espero algum dia encontrar minha metade,bom será que o amor realmente existe ? ou é apenas mais uma lenda ?"




Pedófilia é crime, um dos crimes mais comuns e mais difíceis de serem descobertos, afinal de contas, na maioria das vezes ele é cometido por pessoas próximas a nós, amigos da família, primos, tios, avôs, em sua maioria homens. E nesse caso o jovem garoto de 13 anos teve a sua inocência roubada por um estranho que conheceu na internet. Esse post serve de alerta para que a sociedade abra os olhos para o que está acontecendo ao seu redor, crimes barbaros como esse acontecem todos os dias bem de baixo dos nossos olhos, e em alguns casos nós simplismente não queremos acreditar. Ao meu redor descobri que 5 amigos meus muito próximos foram abusados durante a infância e hoje cada um deles tem uma marca diferente que levam dessa experiência mizerável. Devemos tomar cuidados para que esse crime não aconteça,cuidados como: sempre estar atento ao que seu filho olha na internet, sempre se certificar onde ele está, com quem está brincando, mas nunca deixe duas crianças sozinhas por muito tempo, ainda mais se essas crianças possuirem uma diferença de idade muito grande, ficar atento as mudanças comportamentais, se ela é uma criança ativa e agitada, mas de repente passa a ficar quieta e amedrontada há algo errado com certeza. Crianças nunca assumem que foram estupradas sexualmente porque tem medo, porque sempre são ameaçadas e acreditam que não serão levadas a sério, quando já jovens sentem-se envergonhados e acham que pelo crime ter sido cometido por um parente nada será feito contra o pedófilo,por isso fique atento ao que seu filho diz, crianças pequenas não tem capacidade de inventar mentiras como essa.

terça-feira, 4 de novembro de 2008


Temos medo daquilo que pouco ou nada conheçemos, é uma reação comum do ser humano. Por isso, talvez, exista tanta resistência ao homossexualismo. A homofobia é um assunto que vem sendo tratado constantemente na mídia. Crimes bárbaros vêm sendo cometidos contra os homossexuais por grupos que não toleram a sua orietação, mas como vencer essa barreira?

Primeiramente devemos aprender a respeitar as diferenças, aceitar os outros como eles são, devemos saber também que a homossexualidade não é contagiosa e que você não se torna gay com o convivio. Nem todos nós dividimos a mesma crença, temos pontos de vista diferenciados, é claro, temos que compreender que heterossexualidade não é regra, e que o natural não é ser hetero, já que ser homo não é doença.

Ainda sofremos bastante porque o homem não sabe aceitar as diferenças, seja a cor da pele, a orientação, o peso, a crença religiosa, o homem malmente consegue aceitar que o seu time perdeu para o adversário e vinga-se com a força física,ridiculo. E nos julgamos seres evoluidos.

Acho que o convivo, a experiência de viver com o mundo homossexual faria as pessoas se acostumarem ou entenderem melhor essa condição, para que eles possam compreender que amar não é errado. O contato com os homossexuais nas novelas, filmes e na realidade faria com que a sociedade aos poucos se tornasse mais receptiva e aceitasse esse modo de vida. Em teoria, óbvio, tudo é mais fácil, mas seriam riscos que teriamos que correr, já que o ser humano por instinto teme o desconhecido, vamos apresentar a real face do nosso estilo de vida que não é promiscuo e nem essencialmente voltado ao sexo.

sábado, 1 de novembro de 2008


Estamos caminhando lentamente, mas ao menos estamos caminhando.


Parece que tem se encontrado brechas na legislação com relação a união estável de pessoas do mesmo sexo, de acordo com O Código Civil de 1916, revogado pelo atual, de 2002, mencionava, em seu artigo 1.363 que pessoas podem celar contratos de sociedade no qual ambas as partes se comprometem a produir e dividir bens conjuntamente. O artigo 981 diz: "Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados".


O Superior Tribunal da Justiça deve voltar a discutir também sobre a união homssexual graças a intervenção de um casal formado por um brasileiro e por um canadense que declaram viver em um relação estável que conta com seis anos de duração, eles moram no Canadá e contam com o direito do canadense obter um visto permanete no Brasil graças a relação estavél com seu parceiro.


Um homossexual teve o direito de sua união ter sido reconhecida perante a justiça depois da morte de un dos integrantes do casal, o outro lutava pelo direito a pensão, ou a herança do seu conjugue. Foi uma decisição do Juiz da 3ª Vara da Família, Júnior Alberto Ribeiro, do processo nº. 001.06.010641-8, ainda esse ano.



Fontes de pesquisa: