sábado, 28 de fevereiro de 2009

Fim ou férias, não sei ainda.


Sinceramente... eu não sei mais sobre o que escrever no meu blog, já falei sobre muitas coisas, demonstrei minhas opiniões e dei sugestões. Agora estou meio em crise e sem perspectiva para este blog, não sei se é o fim, sinceramente, eu não sei. Decidi me afastar dele por uns tempos para ver o que acontece, para ver se surge alguma expiração, para ver se sinto falta... ou talvez eu volte com o meu antigo blog com assuntos diversificados e não apenas sobre a homossexualidade. E se eu voltar aqui um dia ou para retomar de onde parei ou para construir um novo caminho através de outro blog, espero que estejam aqui para me dar o suporte necessário.

Esse ano muita coisa mudou... eu vou começar um cursinho pré-vestibular para tentar ingressar em uma das 3 faculdades de Jornalismo que eu vou me inscrever, além disso daqui a alguns messes eu vou começar a faculdade de pedagogia que não é nada daquilo que eu queria para mim. Espero saber conciliar os dois.

Hoje vou levar a minha amiga na rodoviária, ela vai voltar para Salvador e cursar mais um semestre da faculdade de psicologia na UFBA. Eu já tinha aceitado bem essa realidade no ano passado, mas agora é diferente, eu não tenho mais os meus amigos de escola... eles também se foram, já entrem em depressão algumas vezes ( ou tristeza profunda, sei lá.) e é duro para mim achar que posso cair nessa cilada novamente. Não sei, não sei...


Me declaro de férias deste blog. Beijos.


P.S. Eu tentei colocar umas aimagens, mas o blogger não quis ajudar e eu não estou com estado de espirito para lhe dar com essa coisas hoje.
P.S.² Parece que ele viu que eu estava realemente nervoso e resolveu botar a imagem assim que eu escrevi o primeiro "P.S.", bom menino.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sobre um filme que me fez chorar e uma grande cantora.

Sobre o filme que furtou as minhas lágrimas:

Prayers for Bobby




Não consegui conter as minhas lágrimas enquanto assistia a esse maravilhoso filme. Conta a história de uma mãe que apegada a sua religião e na crença da existência de um Deus severo e de um inferno para os pecadores se nega a tentar entender a dura realidade do filho que se assumiu homossexual na década de 80,90 ( eu acho, se não for isso é próximo). Desiludido e sem norte, o jovem Bobby se perde nos próprios medos e receios e ao ver a sua família se deteriorando por sua causa, julgava ele, se suicida. Mary Griffith vai atrás de respostas , ela se pergunta constantemente se a homossexualidade do seu filho pesaria mais do que o seu bom coração aos olhos de Deus. Por fim ela percebe que Deus nos ama pelo que nós somos e não pelo o que fazemos. Em nome da memória do filho já morto graças a sua ignorância e convicções, Marry se torna uma ativista e luta pelos direitos homossexuais até hoje.

Só de lembrar das cenas me arrepio todo.


Pelo o que eu entendi ele foi feito apenas para ser passado nos canais de televisão norte-americanas, não sei se chegará ao Brasil, mas esse filme merece um Oscar.
Eu consegui o link aqui para vocês, "roubei" da comunidade HOMOFOBIA-JÁ ERA,lá no orkut.



http://www.megaupload.com/pt/?d=RLJXT45A


Sobre a grande cantora:

Além disso eu queria mostrar a vocês o canal de música de uma amiga minha, ela é maravilhosa, a música "A Chuva" é a minha preferida, ouçam porque eu sei que vocês também irão se apaixonar pela voz de Jack ( eu a chamo de Zizi, mas só eu).


http://jacqueline-muleka.conexaovivo.com.br/

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Um fora e um filme

Sobre o fora:
Eu estava de olho em um cara lá na biblioteca, isso já fazia quatro messes. Meus vestibulares terminaram e eu parei de estudar, nunca mais encontrei o cara-gato-da-biblioteca. Um tempo depois voltei lá no período da manhã para visitar as minhas amigas ( a mais nova tem 48 anos ) que trabalham lá, quando eu cheguei vieram me abraçar, me beijar, me ouvir contar as novidades. Me dirigi para a área de leitura, meus olhos bateram diretamente na mesa onde ele estava sentado( sim, o cara-gato-da-biblioteca). Assim que ele me viu, por mais estranho que isso possa parecer ele trocou de cadeira e ficou de frente para mim, sentado, lendo, me olhando. Logo todas as meninas da biblioteca perceberam que ele estava me observando, então resolvi revelar o afeto que por ele eu nutria. Animadas com a possibilidade de verem bem diante dos seus olhos o desenrolar de um relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo, elas me deram apoio, coragem e o estimulo necessário para ir até a mesa dele. Lutando contra a minha timidez, contra a minha natureza, eu fui de encontro ao meu destino. Quando eu consegui respirar e perceber o que se passava ao meu redor já estava sentado ao lado dele falando sobre faculdade. Ele está no quinto semestre de química, tem pêlos no peito, ele se matriculou atrasado, a voz dele era muito calma, lenta, baixa e gostosa, ele realmente gosta do curso. Foi tudo o que eu consegui descobrir nesses dez minutos de conversa. Assim que sai da minha cadeira e virei em uma das estantes fui cercado pelas bibliotecárias idosas, frenéticas, excitadas e elas perguntavam: E ai? O que ele disse? Pegou o msn dele? Pegou o número? Olhando para baixo eu respondi: Não tive coragem. Quase que nervosas elas me mandaram de volta, minha missão era pegar o msn do cara-gato-da-biblioteca, de forma robótica perguntei: Pode me dar seu msn? Ele deu, foi um alivio, o que eu fiz? Sai correndo feito um louco e pulei a janela da biblioteca para ficar o mais longe possível... não fiz isso, mas tive vontade.

Agora só faltava saber se ele havia me dado o msn correto, esperei dois dias, depois se passaram 3,4,5 dias, ele me deu o msn errado, pensei. 1 semana e meia depois ele entra no msn e me pergunta: quem é? Eu respondo: Murillo, o cara da biblioteca. Ele disse: Vou aqui no supermercado. Meia hora se passou e ele não respondia nada, não voltava do maldito supermercado. Já estava ficando desesperado, já estava pensando: Estraguei tudo. Finalmente a droga da janelinha dele pisca com a cor laranja, e não era um dos meus amigos inoportunos, era ele e perguntou: Por que pegou meu msn mesmo? Fiquei sem palavras, fiquei com vergonha, agora eu queria pular da janela do meu quarto e sair correndo dali, mas não, eu respondi: Err... para trocarmos uma idéia, sei lá.Depois disso nada mais foi dito, peguei o nome dele, procurei seu orkut , achei! Bingo! Entrei pelo orkut da minha amiga e vi que o estatus estava "casado", fiquei com raiva, quis gritar, quis praguejar... meia hora depois e sem resposta nenhuma eu disse: Cara, eu vou sair. Fechei o msn, dei as costas e ainda permanece a esperança de ser correspondido, se não for desta vez será na próxima... um dia quem sabe.




Eu só me fodo nessa merda.




Sobre o filme: PLATA QUEMADA




Dois ladrões homossexuais roubam um banco na Argentina e planejam fugir para o Brasil. O amor entre esses dois "roubadores de banco" Angel e Nene é confuso, agitado e romântico. Envolve traição, perdão, idas e voltas. Baseados em fatos reais, é um filme dirigido por Marcelo Piñeyro. Não é um filme maravilhoso, mas é legalzinho. O final é emocionante.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Projeto.


Acredito que nós homossexuais estamos acomodados, não reivindicamos, não lutamos, não queremos saber de nada além de ficar com homens casados, com caras em boates e etc... eu generalizei, mas sabemos que há homossexuais que pensam em ter um futuro melhor e mais justo do que o nosso presente está sendo ( não está na verdade). Já disse aqui nesse blog que deveria haver uma mobilização maior da nossa parte, porém com protestos mais inteligentes e atraentes. Pensei em um projeto legal e vou deixar aqui no blog afim dele ser discutido e se alguém pudesse arranjar uma forma de levá-lo a diante eu ia achar ótimo. Lá vai:

Pensei em uma manifestação artística desenvolvida por grupos em cada uma das capitais do Brasil, elas deveriam acontecer ao mesmo tempo. O espetáculo eu não sei bem como funcionaria, mas não deveria durar mais de 15 minutos, seria um musical, e a mensagem deveria estar subentendida, acharia até melhor que fosse algo feito por dançarinos de ballet contemporâneo, isso mesmo, uma espetáculo essencialmente artístico. Tenho certeza que isso chamaria a atenção da imprensa e de forma positiva.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

troca-troca, what the fuck is that?

Eu li em uma comunidade do orkut chamada Homofobia- Já era, um post falando sobre um jogo sexual vulgarmente chamado de troca-troca. Pelo o que eu entendi ele funciona assim: Adolescentes do sexo masculino se reúnem para praticar o ato sexual com penetração, eles dividem o papel no jogo, hora um é o passivo e hora o outro se sujeitaria a esse papel.

Em um manual da prefeitura eles teriam afirmado que a permanência de um dos jogadores no papel de passivo causaria uma futura homossexualidade, os gays não gostaram nada dessa afirmação e declararam que "a cartilha tem 'passagens de conteúdo preconceituoso e que de maneira alguma se encontram em concordância com a recente literatura médica, psicológica e pedagógica'. O manual foi elaborado com a orientação do psiquiatra e educador Içami Tiba (citado no texto), que classifica o "troca-troca" como um "treino do papel que é a busca da satisfação sexual". Segundo as associações, a passagem traz uma conotação negativa à homossexualidade. As entidades lembram que, em uma resolução de 1999, o Conselho Federal de Psicologia considerou que a "homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão". No ofício, as associações afirmam que a "orientação sexual não é resultado de uma escolha, muito menos decorrente de uma prática isolada" e blá blá blá, mas não é ai que eu quero chegar.

Confesso que fiquei assustado quando li a matéria (que se encontra na integra no site da revista época, no final eu coloco o link para vocês), nunca participei, presenciei ou fiquei ciente dessa prática a não ser agora. E ela muito me assusta, simplesmente odiei saber que meu futuro filho poderia estar por ai fazendo jogos sexuais aos 12 anos de idade quando ele deveria estar brincando de carinho e jogando bola. No entanto especialistas dizem que o jogo é inofensivo e que é até mesmo útil, auxilia no auto-conhecimento do próprio corpo e etc., eu não sei, não gostei da idéia, acho que devemos respeitar nossa tempo para as coisas e crianças devem aproveitar a infância. Estou esperando a opinião de vocês sobre esse assunto.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009


A parada gay do Brasil é uma das maiores do mundo, uma grande festa onde os homossexuais se expõem e exercem livremente a sua sexualidade, com direito a beijos em praça pública.Mas a parada gay deixou de ser ( ou nunca foi) um projeto político de militância para virar um simples carnal fora de época.

Para aqueles que olham do lado de fora e de forma conservadora essa festa consegue ser ainda mais assustadora do que o Carnaval convencional. A mídia usa de seu sensacionalismo para focar nos tipo mais estranhos e bizzaros, a promiscuidade rola solta.
Quanto a opinião com relação a festa se diverge até mesmo entre os homossexuais, uns declaram que a festa é uma bagunça,que denigre ainda mais a nossa imagem, outros adoram a festa e afirmam que ela fornece maior visibilidade as causas LGBT. Na minha opinião é uma boa festa, você não precisa necessariamente se unir a pessoas que não se valorizam, mas é apenas uma festa. Não há nela nenhum cunho político ou possa de alguma forma ajudar na militância ou na visibilidade das causas LGBT.
Sinto falta de projetos mais inteligentes para chamar a atenção da população para as nossas causas. Manifestações atráves da arte, da música, da dança, manifestações sofisticadas. Talvez no próximo post eu relate meu projeto neste blog.

Temos a primeira governadora assumidamente lésbica na Islândia, estou muito orgulhoso da nossa conquista, para mais informações leiam essa matéria: Johanna Sigurdardottir
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090201/mundo/isl__ndia_governo